Fragmentos do Pensamento

O ano termina e começa e a minha sensação é sempre a mesma. Li pouco, li menos. O tempo também não ajuda há velocidade que passa. Mesmo que a falta de tempo seja a velocidade a que a vida passa por nós, ou o pouco tempo que nos resta, porque a sua maior parte foi a fazer outras coisas igualmente boas. A sensação que fica é quase a mesma de quando verbalizamos ou escrevemos o que sentimos, sabe a pouco, precisamos de mais tempo, o ano termina e a sensação que fica é que ficou tanto por ler.   Este livro nasceu de um blogue com o mesmo nome, onde a maternidade é destaque.  A Maria Ana,  mãe de três igual a muitas outras que andam por aí, juntou uma compilação dos melhores textos, sobre a maternidade, a mãe que é, a mulher que não quer deixar de ser.  Mostra com doçura como o amor comanda tudo isto, é preciso não perder o norte e desfrutar do que nos torna melhores e mais felizes.  Desamor, um livro sobre histórias de amor verídicas e que mostra...

Muitas vezes a memória falha e o corpo está ausente, resta-me a certeza que fui tua por inteiro, mesmo que a sensação que fica é a de que nada se fez e tudo ficou por dizer.  Fica o teu perfume na cama, as tuas roupas no meu corpo que uso num desleixo inconsciente.  A casa está cheia, as luzes acesas aquecem o espaço onde para mim continuas a estar presente. Não te vejo o corpo mas sinto-me enroscada nos teus braços longos e oiço a tua voz a dissertar sobre amor, neste silêncio profundo que eu ignoro. Dói-me a tua ausência, dói-me não te conseguir tocar, dói ainda mais a sensação de vir a esquecer a tua voz. Muitas vezes a memória falha quando o corpo está ausente.  Mas sabes uma coisa?  O amor até nos silêncios é compreendido e fortalecido. Basta isso, ser amor.  Amo-te.

Chega o natal e com ele as dúvidas do que se irá dar, pensando que as nossas carteiras não transbordam, mas a vontade de dar nem que seja uma pequena lembrança a quem se gosta é tanta que os esforços se reúnem e a partir da imagem que se segue podem ver o meu ponto de vista de poupadinha generosa ou de poupadinha forreta. É tudo uma questão de perspectiva e generosidade meus amigos.  No fundo o que conta é a intenção e quem dá o que tem a mais não é obrigado, não é verdade?  Na verdade para mim o conteúdo que realmente conta é aquele que me apresentam à mesa, - a mesma que eu decoro com todo o amor e lamechice que vive em mim - onde vou encher a pança até o meu estômago permitir. Não ia fazer um apanhado das melhores promoções de mercearia ou dos doces que quero devorar, - a minha mãe já a sabe toda no que toca a esta matéria - e eu não quero que saiam daqui a rebolar e que depois me digam nos e-mails, "pedi ideias de prendas para oferecer, não um banquete para sair daq...

Onde fica a fé? Quando nos tiram o chão ao mesmo tempo que nos cortam as pernas e nos tornam impotentes perante quem mais precisa de nós. Onde fica a fé? Quando o aperto chega e se instala em nós e na vida que vai acontecendo muito contra à nossa vontade, diante de um olhar duvidoso e um coração que só quer chorar ao perceber a falta de soluções e retorno para isto tudo. Onde é suposto haver fé. Quando o ânimo se perde, o raciocínio se atrofia e o corpo trémulo só se aguenta em pé porque quer ver até onde vai o espectáculo deplorável, que muito pela fé que não se tem o destino nos pregou, como uma chapada valente na cara, que não estamos à espera. Onde é suposto ficar a fé? Quando nem o amor consegue superar tudo, mesmo que continue lá.  O que é suposto ser a fé mesmo?

  "It's beginning to look a lot like christmas. Ev'rywhere you go." Esta semana, ainda que mais curta, foi invadida pelo natal. Fora o lado consumista , é aquela altura do ano de fazer balanços e de pedir muitos desejos, aqueles que serão passíveis de acordo com os nossos esforços e boas energias, em tudo aquilo que queremos trazer de bom para a nossa vida. Para já só quero inundar este blogue com um delicioso espírito de natal e desejar que a saúde mais que qualquer outra coisa, invada todos aqueles a quem quero o melhor, todos os dias do ano.  Já que a fé não chega nestas alturas, que não se perca a esperança e acima de tudo o amor.  * relativamente ao meu lado consumista,que tem como nome próprio: consoada. o meu melhor presente é colocar este meu estômago a bater palminhas, - para as minhas amigas que tentam fazer dietas - em dezembro vale tudo. Feliz Natal 💖