Avançar para o conteúdo principal

O que andei a ler

O ano termina e começa e a minha sensação é sempre a mesma. Li pouco, li menos. O tempo também não ajuda há velocidade que passa.
Mesmo que a falta de tempo seja a velocidade a que a vida passa por nós, ou o pouco tempo que nos resta, porque a sua maior parte foi a fazer outras coisas igualmente boas.
A sensação que fica é quase a mesma de quando verbalizamos ou escrevemos o que sentimos, sabe a pouco, precisamos de mais tempo, o ano termina e a sensação que fica é que ficou tanto por ler. 


Este livro nasceu de um blogue com o mesmo nome, onde a maternidade é destaque. 
A Maria Ana,  mãe de três igual a muitas outras que andam por aí, juntou uma compilação dos melhores textos, sobre a maternidade, a mãe que é, a mulher que não quer deixar de ser. 
Mostra com doçura como o amor comanda tudo isto, é preciso não perder o norte e desfrutar do que nos torna melhores e mais felizes. 


Desamor, um livro sobre histórias de amor verídicas e que mostram que mesmo sem serem felizes, podem ser uma aprendizagem para um amor que nos espera no futuro. 
Ricardo Martins Pereira, mais conhecido por Arrumadinho, dá corpo escrevendo num livro simples, cheio de emoção o que vale a pena viver e recordar. 






Este livro tem uma carga emocional brutal, quem lê a Luísa sabe do que falo, está presente em todas as histórias que passa para o papel, as que imagina na sua cabeça e as que vive e tenta preservar na memória. A mesma memória que um dia nos pode simplesmente faltar e por isso com simplicidade e muito amor, conta-nos num livro intimista algumas dessas passagens de vida que podem falhar na sua memoria mas nunca no coração. "É a vida tal como ela é", uma carta fora do baralho, cheia de vida.



Um romance cómico e muito dramático, onde duas personalidades tão diferentes que passam a partilhar as 24h dos seus dias acabam apaixonados. 
Will é um beto rico que depois de um acidente vê a vida reduzida a uma cadeira de rodas, Louisa vem provar-lhe que a vida é mais do que aquilo que ele se permite a viver, que nem a sua nova condição deve ser impeditivo para ele ser feliz.
Uma história daquelas em que se o tempo voltasse atrás, a melhor parte era desconhecida.
Foi adaptado ao cinema e meus amigos é uma choradeira pegada.



Este livro é daqueles que se vai consultando, é uma espécie de 'auto-ajuda' na relação com os mais novos, educar com calma sem nunca perder a paciência, mesmo que às vezes isso pareça impossível, não é e nós somos capazes.
É um guia que me tem ajudado muito a ser melhor, claro que isso também se deve às pessoas que nos rodeiam, mas quando nos permitimos a aceitar ajuda, por mais pequena que seja, sabemos que a repercussão será tão positiva.

Quando este livro saiu não consegui ir ao lançamento, mas fui das primeiras a ler, algumas semanas depois a Sílvia marcou um encontro para me assinar esta obra hilariante. 
Confesso que  a vergonha nestas alturas é sempre maior que eu e quando a vi fiquei sem saber o que dizer, mas gostei muito de a conhecer, super querida e ainda afirmou que vai haver outra obra, que tenho a certeza que será tão boa quanto a primeira. 
Obrigada por este pedacinho de galhofa da boa e pela generosidade naquele dia de chuva.
Se quiserem soltar gargalhadas esta é a obra indicada. Assuntos tabu do nosso quotidiano descritos de uma forma tão simples e tão realista.
 
Lena Dunham tem um registo hilariante, muito próprio e um tanto ou quanto escasso nos dias de hoje. São poucas as pessoas inteligentes que nos conseguem fazer reflectir e soltar longas gargalhadas, como já acontece desde 2012, quando criou a série "Girls", exibida na HBO e na qual é a protagonista.

Neste livro, a jovem fala de um conjunto de reflexões pessoais de uma forma sincera, sábia e cómica.

O amor, a mudança para a vida adulta, a obesidade e perda de peso são alguns dos temas que podemos encontrar, numa mistura entre a seriedade destes assuntos e o quanto isso pode ser uma galhofa pegada.

É uma obra inteligente e muito divertida dos vários acontecimentos do nosso quotidiano.
Este livro foi uma sugestão de uma amiga, confesso que por iniciativa própria não iria fazer parte desta minha lista anual. 
É uma obra longa de quase 900 páginas, mas muito bem escrita. 
É uma historia forte, que nos faz questionar e pelo meio ainda encontramos citações da autora, deliciosas ao ponto de sublinhar ou apontar naquele caderno de bolso que está diariamente connosco.
Lê-se perfeitamente bem, é extenso, mas emocionalmente intenso. Fala de amor, perda e arte.

Comentários