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. . . até breve

A palavra mais difícil de se dizer é adeus.
Quando assim é, parece que perde-mos identidade, que parte daquilo que idealizamos viver, se foi com a mesma pessoa com quem partilha-mos tudo e que agora nos deixou, no meio do nada. 

Vive-mos sem saber quando vamos parar, quando isto pode acabar. 
Porém com a certeza de que um dia terá um fim, um adeus
Seja ele o nosso em que alguém vai sofrer, ou o de alguém importante para nós, o suficiente para colocar-mos tudo em causa, para duvidar-mos da verdade deste momento, o último.
Fazê-mos um luto, algo que todos fazem, mas de maneiras distintas, pois assim como tudo, nenhum ser humano no seu interior é igual a outro, assim como a sua forma de ver a vida, o mesmo se aplica na morte, uns choram como se as lágrimas atenuassem a dor, outros preferem apaziguar esse momento pesado, fazendo coisas, convivendo com pessoas, de forma a nem sequer se lembrarem que algo ficou para trás, que o passado carrega e o presente evita.
Muitos de nós faz o exercício constante de não deixar nada por dizer, nada por fazer, porém a realidade é bem mais cruel, por não estar-mos preparados para a partida de alguém das nossas vidas, seja um adeus em que o toque deixa de existir, ou uma despedida em que eventualmente poderemos ver aquele ser que outrora nos tocou a alma e que agora não nos vê da mesma forma, acaba por ficar tanta coisa por dizer, por viver. Vai o corpo, ficam as memórias, o amor, a amizade, a saudade, de alguém que ficará para sempre no nosso coração. 
Seja qual for o motivo, precisamos de resolver o que deixá-mos para trás, para seguir-mos em frente, sem remorsos, só com a lembrança de alguém que fez de nós melhores pessoas, alguém que entrou e "saiu" da nossa vida, marcando a diferença.


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