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Turbilhão

Em determinadas alturas da nossa vida perdemos capacidades, não que as deixemos de ter, simplesmente parece que em determinados momentos elas fugiram, nunca existiram. Começamos a por em causa a nossa competência, como seres humanos, como trabalhadores, como filhos, como amigos, como seres racionais que somos, porque não está tudo ao nosso ao alcance e mais uma vez apercebemos-nos que não conseguimos controlar tudo.
Todos os dias acordamos com variadas disposições, mas as obrigações no trabalho obriga-nos a esquecer, e a focar simplesmente nas tarefas a cumprir, e no sorriso que tem sempre de vir, acompanhado de força de vontade, mesmo que nesse dia só nos apeteça chorar, espernear, gritar, desaparecer para longe.
É nestes dias que sentimos mais a falta dos amigos, do convívio, das gargalhadas, dos momentos que ficaram na memória e que saltam em nós de vontade, de se repetirem. Quando estamos com quem mais gostamos as nossas energias rapidamente se filtram em nós no corpo e na nossa mente e tudo parece fazer todo o sentido. Mas nem sempre podemos ter amigos por perto, e fazer coisas que mais nos concretizam, é nesses momentos que as energias se transformam como se as nossas capacidades fugissem novamente, quando na realidade não tem de ser assim, se tivermos força conseguimos que as energias permaneçam por muito e muito tempo, que as coisas corram bem, mesmo que nos apeteça extravasar. 
O ser humano tem forças que nem ele próprio reconhece, porque se subestima, porque é subestimado.
Hoje é um desses dias em que fui subestimada e estou cansada sem saber se consigo percorrer este caminho até ao fim, mas tenho de acreditar que sim, porque a força, a vontade, a capacidade de conseguir chegar ao fim, vem de mim, depende somente das minhas capacidades e persistência. 
Lutem pelo que mais desejam e não desistam do que mais querem por dias menos bons.

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