Birras

Há dias que são uma verdadeira aventura, com vilões e donzelas em perigo eminente, a precisar de ajuda. Hoje foi com toda a certeza um dia desses, com coelhos da páscoa a ganhar vida, crianças felizes num mundo de encantar e outras a fazerem birras para almoçar. 
Como em todas as aventuras, a de hoje estava cheia de armadilhas, lágrimas de crocodilo, comida pelo chão, sopa salpicada nas roupas [como que se trata-se de arte rupestre ou o que quer que seja que esteja a passar pela cabeça da Júlia nos últimos dias.] Tive vontade de chorar, [pela primeira vez num mês] como as crianças fazem quando se sentem amedrontadas, não pela birra, mas pela minha intolerância às mesmas. Três horas se passaram e depois de achar que tinha esgotado todas as porções mágicas consegui, venci a pequena feiticeira pelo cansaço, foi o desafio mais puxado da semana. Como não sou de ferro quebrei mas a vitória já cá estava, vamos ver como corre o resto da guerra. [tudo isto não seria possível sem a fada boa (fifi) que está de partida para outro reino para espalhar sorrisos, mas que merece um agradecimento brutal pela paciência e companheirismo para com esta aspirante a trabalhadora.]