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Fragmentos do Pensamento XXI


Hoje decidi, ou obriguei-me a decidir que estas seriam as últimas palavras sobre ti, para ti. Cheguei à conclusão que inconscientemente esta coisa a que dão o nome de amor, está a consumir todas as possibilidades existentes de vir a ser feliz, de voltar a amar, de ser amada, por outro homem, que não sejas tu.
Não é difícil não pensar em ti, o difícil é mesmo quando penso em ti, quando voltas à minha memória sem me dares tempo de te impedir, quando despertas no meu coração o que eu tinha adormecido, como de um bebé se tratasse, a lembrança de ti.
Lembrança, é o que se encontra mais presente em mim, o que a torna diferente e devoradora, é aquilo que sem te aperceberes, trouxeste à minha vida, a forma como me 'mudas-te', a capacidade com que percebes o que eu quero dizer ou em que é que estou a matutar sem que da minha boca saia qualquer ruído.
Apesar da tua lembrança se ter tornado algo instável, é algo muito agradável, no sentido em que trouxeste ao meu presente coisas, sentimentos, que desconhecia, ensinaste-me tanto, fizeste de mim a miúda mais aparvalhada do mundo, poses-te as minhas pernas a tremer quando te viam a aproximar, asselaras-te o meu coração até me fazer corar, tudo o que eu dificilmente pensei voltar a sentir quando na verdade era a primeira vez que tudo aquilo estava a surgir.
Hoje falo de ti com um sorriso enorme, porque conhecer-te foi realmente algo muito bom, por tudo e por nada, mesmo que isto não dê em mais nada, sei que tive o melhor de ti, quando me quiseste dar, sei que dificilmente vou encontrar alguém como tu, alguém que me faça renascer novamente, me deixe louca de prazer só pela simples vontade de sorrir, ou pelo toque suave na minha mão que faz segredar meia dúzia de palavras ao meu ouvido, e sem qualquer pudor a mensagem é recebida e a minha alma fica embevecida, das tuas palavras, da tua presença, de ti..
Um dia, seja ele quando for, como for e com quem eu estiver, vou gostar de atender as tuas chamadas, sem sentir as pernas tremer, vou conseguir sorrir de cada vez que te vir, sem corar ou bloquear quando a minha alma sentir o teu olhar, sem que a tua mente leia a minha antes de começar a falar, vou conseguir partilhar lembranças e novidades sem que o toque da tua mão na minha tenha qualquer efeito em mim.

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