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Outro tipo de Amor



São tão pequenos, tão frágeis, são humanos como nós, são inconscientemente dependentes do seu porto de abrigo, nós.
Sejamos pais, filhos, educadores, tios, avós, estes pequenos seres tornam-se um pouco de cada um de nós, porque não se apercebem ainda a quem se entregam, porque nós próprios nos entregamos verdadeiramente a eles e sem nos apercebermos já são nossos, já somos deles. Passa por nós a visão que eles terão do mundo, a forma como vão amar cada pessoa que passe na sua vida, pessoal ou profissional. O amor é tão, tão grande nas suas diversas formas que não achamos possível amar alguém que não seja directamente nosso ou alguém que o seja, e por vezes achamos que o amor é demasiado que  ficamos com medo desse amor.
É tão bom sentir o seu cheiro, ver o seu sorriso surgir a cada gesto feito, ver as primeiras lágrimas como que a pedir ajuda, sentir que estão a crescer e a querer soltarem-se de nós. É difícil quando eles querem ser livres, é preciso deixá-los voar na hora certa porque o amor é a liberdade do outro.Quando eles nascem tudo passa primeiro por eles, quando eles crescem, tudo passa primeiro que nós, mas o amor não deixa de ser incondicional, único, especial, nosso.
Não são nossos para sempre, são nossos até sempre, até quererem voar e ter data para regressar.
Isto é outra forma de amar, uma das mais puras e bonitas, a que eu mais desejo poder experimentar. 

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