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Fragmentos do Pensamento X

Há momentos na vida que julgamos que novas oportunidades surgiram, quando na verdade são somente decisões que temos de tomar sobre algo que terminou, seja para nós ou para os outros. Algo que possivelmente nem chegou a existir. Somos donos do nosso percurso, somos responsáveis pelas suas consequências, somos incapazes de aproveitar bem as oportunidades, mesmo que estas surjam sem que estivesse-mos há espera, acabamos por ficar a pensar no que poderia ser feito e não fizemos. 

No entanto quanto mais nos queremos abstrair do que sentimos, das pessoas em que pensamos, surgem novos dados que vem despertar em nós a curiosidade de um sentimento que julgamos ultrapassado. Surgem as memórias que tornaram tão especial e existente aquilo a que chamamos de carinho, atracção, amor, paixão ou somente a vontade de estar com a pessoa, tocar-lhe na alma com o coração e responder a todas as perguntas com um simples olhar. Nunca tinha sabido que isto poderia ser possível mas foi, tão pouco previsível que nem parecia real, nem mesmo hoje, resta-me acreditar que o amor seja ele de que espécie for é capaz de tocar e de transformar qualquer ser humano. 
Agora só há uma coisa que me detém de te esquecer, a vontade que tenho de te querer ver, de querer saber de ti, é certo que quero que sejas uma pessoa feliz mesmo que o teu caminho não se cruze com o meu, porque assim o quiseste, outras das coisas que aprendi, é que seja quem for se nutrimos algum tipo de amor devemos deixar essa pessoa livre, porque a nossa felicidade deve estar na felicidade do outro e não somente na nossa. Sabes que não te censuro, já conversámos sobre isto e realmente não restam dúvidas, de que eu quero continuar a recordar-te mesmo que não passe de isso mesmo, uma recordação. Censuro-me a mim por não ter a coragem de seguir, de cada vez que me vens á memória, coragem de virar a cara a algo que me deixa tão sem vontade e ao mesmo tempo com vontade de arriscar mesmo que seja às cegas, mesmo que eu própria já saiba a resposta.

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