Partidas prematuras. Conversas curtas. Força de um Amor interrompido. A dor, um sentimento nunca esquecido. São assim as partidas de todos aqueles que amamos. Que vão demasiado cedo, quando ainda faltava tanto para viver, havia tanto para dizer e onde ficou quase tudo por se fazer. A tristeza é o maior sentimento que nos ocupa o tempo quando sabemos da partida, talvez por ser uma reacção inconsciente do nosso corpo que perde forças, da nossa mente que perde poder, do nosso coração que fica apertado. Ficamos sem saber o que dizer, o que fazer, lembrando sempre o que faltou e que agora acabou. Mas depois mais tarde a dor é 'substituída', pela saudade, sentimento que nos dá força, que nos faz sentir falta, mas que nos dá a garantia de que ficaremos sempre unidos, pelas nossas almas, pelos nossos corações que ficarão onde nós quisermos. E por isso estejamos em que sitio estiver-mos dentro de nós, à nossa volta essas pessoas estarão sempre presentes, mas agora como estrelas que se transformaram em pontos de luz, que nos guiam as decisões que tomamos, as escolhas que ponderamos, os caminhos que percorremos, para sempre. Muitas das vezes ficamos sem 'chão', porque não demos tudo de nós aquele ser, porque ainda queríamos receber e dar mais, e mesmo aqueles que como eu aprenderam a viver o agora, a saborear os momentos do presente e a dizer sempre o que se pensa e se sente, sem deixar para amanhã, um amanhã que pode nem vir a existir. Nunca nada é em demasia quando se fala de afectos, amor, amizade, saudade, quando se sente a vida do outro em nós, quando se vive para o outro o que o outro viveu ou viveria por nós.
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