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Fragmentos do Pensamento IV

Estive doente à uns dias, estive incapacitada de pensar em ti, não que não pudesse, porque podia, simplesmente nem me lembrei, porque as outras dores eram tantas e tão fortes, que nem sequer tinha tempo para sentir a dor da tua ausência. 
Foram dias extremamente desagradáveis, mas não por não te recordar, mas sim por não conseguir fazer mais nada senão dormir e reagir aos efeitos secundários da medicação, senti-me bastante inútil ali sem fazer algo de produtivo.
A melhor parte, se é que estar doente tem algo de bom, bem mas neste caso teve, a parte boa foi não pensar em ti, não me ocupares o pensamento de questões infinitas, sem resposta. 
Agora e já recuperada pergunto-me será que é bom não te pensar, não te sentir? Enquanto estava débil dos meus sentimentos, e pensamentos, não me ocorriam questões e agora regressam, novamente sem resposta.
Hoje por mero acaso lembrei-me de ti, e do que sinto por ti, é um tanto ou quanto agridoce, não me vejo capaz de pensar e sentir tudo isto outra vez, de certo modo, só o sinto porque quero, porque na realidade a solução seria esquecer-te.
Mas tu ou simplesmente a recordação de ti, não sei não me deixam esquecer, porque para mim ainda há muito para acontecer. Tenho para mim que ainda será um longo caminho, mas sinto-me aliviada de cada vez que não penso em ti, e angustiada de cada vez que te recordo, talvez seja o inicio para me esquecer de alguém que não quer dar a cara. 
Não quero voltar a estar doente, mas sinceramente quero tirar-te da minha mente. Espero que isto seja o inicio de algo muito bom, porque acho que gostar de ti me faz mal, me bloqueia o pensar e impede-me sobretudo de amar. 



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