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Fragmentos do Pensamento II

Hoje dou por mim a recordar-te, simplesmente a recordar-te, através de momentos que ficaram, de conversas que se tiveram, de conselhos que se deram, de olhares que se trocaram, reduzindo e acabando por serem poucas as palavras que se disseram, tu e só tu fizeste isso. Tens a capacidade de perceber o que digo sem proferir qualquer palavra, tens o dom de compreender os meus pensamentos sem censura.
Isto és tu, é tudo aquilo que me faz gostar de ti, me faz pensar que afinal há pessoas que valem realmente a pena, mesmo que não marquem presença assídua na nossa vida. 
Foi por acaso que te conheci, mas nada explica o que sinto, nada se justifica sendo tu quem és, e da forma como deixas-te de aparecer para mim. É ridículo mas ainda me lembro de tudo como se estivesse a acontecer agora, e não gosto da sensação, não sei se é bom gostar de ti, se vale a pena a espera mas gostava, sobretudo de ter respostas às perguntas, e mais perguntas das respostas. 
Não é complicado, nós é que complicamos, porque se não o fizesse-mos não faria muito sentido, a luta, a vontade. Não sei se é atracção ou amor, sei que é saudade, é amizade, e talvez compaixão. Não sei no que vai dar, não sei nada, só sei que estupidamente, fazes o meu coração acelerar, os meus olhos corar, e fazes com que as palavras não consigam acabar.
Provocas em mim desde sempre coisas que não sei se compensam sentir, mas nunca ninguém disse que o amor ou a paixão, ou até mesmo a vida era feita de facilitismo. Por isso aguardo respostas, aguardo pela tua chegada, mas não sei se será por muito mais tempo. 

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