O amor é frágil, quase tanto como uma folha de papel, se rasgar-mos fica em cacos.
Cacos esses, que servem para todos verem o tamanho da dor que um coração, que amou tão intensamente quanto conseguiu, sente agora.
A música ajuda a ter uma percepção mais realista da perda, vai embalando com o seu jeito melódico as almas que se vem sem chão onde pisar, sem corpo onde abraçar.
Um corpo que se foi, mas que deixou as memórias, as gargalhadas, as conquistas, o orgulho de um amor em cadeia onde todos sentem, onde todos estão unidos num sentimento maior que qualquer partida, outro tipo de amor.
Agora o dia continua a nascer, o vazio está aberto e a dor adormecida é agora assombrada por um medo novo, o medo de esquecer, a cara, a cor dos olhos, os trejeitos, a voz, o som da gargalhada, o perfume.
Onde estás? A morte levou-te o corpo, agora quer levar as lembranças, forçando quem te amou um dia a seguir em frente.
Vamos tentar.
Mas, este amor ninguém nos vai tirar.
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